A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou, no passado dia 6 de dezembro, uma nova norma que amplia a faixa etária para o rastreio do cancro da mama. A partir de janeiro de 2025, mulheres com idades entre os 45 e os 74 anos passarão a ser abrangidas por este programa, que tem como objetivo principal a deteção precoce da doença e a redução da mortalidade associada.
Com esta atualização, a DGS procura alinhar-se às recomendações da União Europeia, promovendo práticas uniformes de rastreio oncológico em Portugal e reforçando o acesso a cuidados de saúde de qualidade. A nova norma inclui a realização de mamografias regulares para as mulheres dentro da faixa etária definida, sem qualquer custo associado.
Para garantir a eficácia e a qualidade do programa, a implementação será monitorizada através de auditorias regulares, permitindo ajustes e melhorias ao longo do tempo.
A iniciativa representa um passo significativo na luta contra o cancro da mama, uma das principais causas de morte entre mulheres no país, destacando o compromisso das autoridades de saúde com a promoção de diagnósticos precoces e tratamentos mais eficazes.
Impacto esperado
Estima-se que cerca de 400 mil mulheres adicionais passem a estar abrangidas por este alargamento, o que representa um avanço considerável na prevenção e tratamento precoce. Segundo a DGS, a antecipação do diagnóstico permite que os tratamentos sejam menos agressivos e mais eficazes, aumentando a taxa de sobrevivência e a qualidade de vida das pacientes.
Além disso, a nova norma prevê uma campanha nacional de sensibilização, alertando para a importância da participação no rastreio. As mulheres serão convocadas por carta ou SMS, garantindo uma cobertura alargada e facilitando o agendamento dos exames.
Monitorização e Garantia de Qualidade
Para assegurar a eficácia do programa, a DGS irá realizar auditorias anuais e colaborar com hospitais e centros de saúde, garantindo que todos os exames sejam realizados com equipamentos de última geração e interpretados por especialistas em radiologia.
A ministra da Saúde, Maria Antunes, destacou que esta medida é "um passo essencial na promoção da equidade no acesso à saúde" e reforçou que "a prevenção continua a ser a melhor arma contra o cancro".
Reações e Apoio
Organizações como a Liga Portuguesa Contra o Cancro saudaram a decisão, sublinhando que o rastreio alargado poderá salvar centenas de vidas todos os anos. Especialistas apontam que o envolvimento das unidades de saúde locais será crucial para garantir que todas as mulheres convocadas participem ativamente no programa.
Esta nova norma representa um compromisso firme com a saúde das mulheres em Portugal, sublinhando a importância de políticas de prevenção como elemento central na luta contra o cancro.